Traços do cotidiano, essa vida de "pouco caso"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v26i1.5640

Palavras-chave:

Vida Cotidiana, Literatura, Escola, Ciência e Senso Comum.

Resumo

O artigo, de natureza ensaística, objetiva agregar à defesa da relevância dos estudos em cotidianos, uma modesta contribuição. A princípio, é estabelecido diálogo entre teóricos que se dedicaram aos estudos da vida cotidiana, e a literatura – compreendida enquanto possibilidade de conexão entre a vida comum e a ciência. Na segunda seção é estabelecida conversação com algumas tentativas de “menorização” da vida cotidiana, o que tem sido feito, continuamente, por meio da alegação de que esta esfera seria, tão somente, a repetição diária de si, alimentada por conhecimentos que não são oriundos do campo científico. A seguir, é inserido uma narrativa de forma a vitalizar esta conversação, buscando na memória, um pouco da escola. Por fim, a conclusão do ensaio conduz o leitor a aproximar-se deste estranho, o pesquisador em cotidianos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mitsi Pinheiro de Lacerda, Universidade Federal Fluminense

Licenciada em Letras, Doutora em Educação, Professora do Departamento de Ciências Humanas e do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Federal Fluminense.

Referências

AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Martin Claret, 2001.

BÁRCENA, Fernando. La diferencia (de los idiotas). Pro-Posições, v. 26, N. 1 (76), p. 49-67, jan./abr. 2015.

BARTHES, Roland. A morte do autor. 2004. Disponível em http://migre.me/tceuM. Acesso em 16/01/2016.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

__________. História e psicanálise: entre ciência e ficção. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

__________. A fábula mística. Séculos XVI e XVII. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

__________ et alii. A invenção do cotidiano 2. Morar, cozinhar. Petrópolis: Vozes, 1996.

CHAUI, Marilena. Cultura e democracia. São Paulo: Cortez, 1997.

DEFOE, Daniel. Robinson Crusoe. Audiobook. Disponível em https://librivox.org/robinson-crusoe-by-daniel-defoe. Acesso em 14/01/2016.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

GALLO, Sílvio. Deslocamento 3. Rizoma e Educação. In: __________. Deleuze & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

JOYCE, James. Ulysses. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.

LACERDA, Mitsi Pinheiro de. Em práticas pedagógicas e investigativas... a surpresa. Revista Entreideias, Salvador, v. 4, n. 1, p. 7-22, jan./jun. 2015a.

__________. A vida cotidiana em artefatos da memória. Revista Educação e Linguagens, Campo Mourão, v. 4, n. 7, jul./dez. 2015b.

LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

LEFEBVRE, Henri. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática, 1991.

MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples. São Paulo: Hucitec, 2000.

__________. Uma sociologia da vida cotidiana. São Paulo: Contexto, 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Uma cartografia simbólica das representações sociais: prolegómenos a uma concepção pós-moderna do direito. Revista Crítica de Ciências Sociais, Lisboa, Nº 24, mar./1988.

__________. Um discurso sobre as ciências. Porto: Edições Afrontamento, 2002.

__________. A gramática do tempo. Para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.

SPINK, Peter Kevin. O pesquisador conversador no cotidiano. Psicologia & Sociedade, Porto Alegre, v. 20, n. spe, 2008. Disponível em http://migre.me/tccBa. Acesso em 10 de março de 2016.

TARDE, Gabriel. Monadologia e Sociologia. Petrópolis: Vozes, 2003.

Downloads

Publicado

2017-07-15

Como Citar

Lacerda, M. P. de. (2017). Traços do cotidiano, essa vida de "pouco caso". Momento - Diálogos Em Educação, 26(1), 118–142. https://doi.org/10.14295/momento.v26i1.5640

Edição

Seção

Artigos