Entre o vivido e o percebido: o saber escolar e a realidade das crianças ribeirinhas
DOI :
https://doi.org/10.14295/momento.v27i1.7750Mots-clés :
Amazônia, Escola, Criança, Ribeirinho.Résumé
O presente artigo abre uma discussão em torno do ensino escolar e do saber cotidiano apreendido e exercitado nos espaços de vivências das crianças ribeirinhas amazônicas. O percurso objetivou apresentar um panorama de como as crianças ribeirinhas estão rodeadas por conhecimento científico nas atividades de subsistência que realizam com os pais e que fazem parte do currículo escolar, mas que não é ressignificado dentro do espaço educacional porque não reflete a união dos dois saberes e nem é feito o caminho pelo qual o conhecimento percorre. Neste movimento abre-se reflexão sobre uma proposta de ensino através da interdisciplinaridade, com diálogos entre professores-professores e professores-estudantes que possibilita um saber abrangente e integral. O embasamento teórico que sustenta esta discussão se apoia em: Andrade (2013); Kaercher (2014); Pontuschka, Paganelli, Cacete (2007) e Castrogiovanni (2003) os quais apresentam posicionamentos em torno do saber construído na prática e no fazer cotidiano. Tal premissa abre possibilidades de integração com o saber apreendido dentro da escola e leva os estudantes a reflexão ampla de conceitos científicos, conduzindo-os a uma formação integral. Os caminhos metodológicos se prenderam em descrever as relações vividas nos caminhos da escola, no meio da mata e na beira do rio, pois nesse espaço de vida se constrói e se desenvolve o estudante de escola ribeirinha.Téléchargements
Références
ANDRADE, Simei S. O lúdico na vida e na escola: desafios metodológicos. 1. ed. Curitiba: Appris, 2013
CASTROGIOVANNI, Antônio C. O misterioso mundo que os mapas escondem. In: CASTROGIOVANNI, Antônio C [et al]. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4. Ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS / Associação dos Geógrafos Brasileiros – seção Porto Alegre, 2003
FONSECA, Vitor. Aprender e reaprender: educabilidade cognitiva no século 21. São Paulo: Editora Salesiana; Educação, Aprendizagem e Cognição, 2001
KAERCHER, Nestor A. Se a Geografia escolar é um pastel de vento o gato come a Geografia Crítica. Porto Alegre: Evangraf, 2014
KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas. 2. ed. 3ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2014
KLISYS, Adriana. Ciência, arte e jogo: projetos e atividades lúdicas na educação infantil. São Paulo: Petrópolis, 2010
LIMA, Luciano C. O sentido é o meio – ser ou não ser. In: PONTUSCHKA, Nídia N; OLIVEIRA, Ariovaldo U. (Orgs). Geografia em Perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002
PONTUSCHKA, Nídia N., PAGANELLI, Tomoko I., CACETE, Núria H. Para ensinar e aprender Geografia. 1ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2007
ZANATTA, Beatriz A. O método Intuitivo e a percepção sensorial como legado de Pestalozzi para a Geografia escolar. In: Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 165-184, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
À Revista Momento − Diálogos em Educação, ficam reservados os direitos autorais, de todos os artigos nela publicados.