DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS TRANSGRESSORAS RUMO AO BRASIL PROFUNDO E DESCOLONIAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v29i2.9192

Palavras-chave:

Epistemologia Descolonial, Educação Transgressora, Educação Popular

Resumo

Neste ensaio procuramos cogitar caminhos para a descolonização do pensamento no âmbito da educação e da pesquisa. Embasadas na perspectiva epistemológica descolonial, refletimos sobre diferentes aspectos que ilustram a crise do paradigma dominante no campo da ciência e da sociedade. Aliás, o próprio conceito de Brasil Profundo nos convida a (re)pensar as relações decorridas do imperialismo e da modernidade visando à construção de um mundo mais digno e seguro, que reconheça e respeite todas as existências. Avançamos, assim, problematizando percepções ou narrativas históricas sobre a construção da identidade e da cultura brasileira. E, por fim, sinalizamos a urgência de se produzir práticas transgressoras, por meio da educação popular e da ecologia de saberes, mas também através de pesquisas com métodos inovadores, reconhecendo e, sobretudo, valorizando razões oprimidas e subalternizadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Álvaro Veiga Júnior, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Pedagogo pela Universidade Luterana do Brasil-RS e bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Pelotas-RS. Especialista em Ecologia Humana, pela Universidade Vale dos Sinos-RS e Especialista em Formação para Magistério e Metodologia de Ensino, pelas Faculdades Integradas de Amparo-SP. Mestre em Educação Ambiental, pela Universidade Federal do Rio Grande-RS; e Mestre em Educação, pela Universidade Federal de Pelotas. Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Pelotas.

Aline Accorssi, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000), mestrado em Psicologia Social e da Personalidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2004) e doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2011), com período de estágio sanduíche na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris). Atualmente é professora do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: comunidade, pobreza e gênero.

Anelise Fernandes Silveira, Universidade Federal de Pelotas/RS

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Pelotas (2009). Especialização em Gestão de Pessoas pela Universidade Católica de Pelotas. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Federal de Pelotas.

Referências

ACCORSSI, Aline; SCARPARO, Helena; PIZZINATO, Adolfo. La dialogicidad como supuesto ontológico y epistemológico en Psicología Social: reflexiones a partir de la Teoría de las Representaciones Sociales y la Pedagogía de la Liberación. rev.estud.soc., Bogotá , nº. 50, 2014 .

CURIEL, Ochy. Critica pos-colonial desde las praticas politicas del feminismo antirracista. Revista Nómadas, n.º 26, 2007.

FIORI, Ernani Maria. Aprender a dizer a sua palavra. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

____________ . Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

____________. À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d’Água, 2003.

GROSFOGUEL, Ramón. Descolonizar as esquerdas ocidentalizadas: para além das esquerdas eurocêntricas rumo a uma esquerda transmoderna descolonial. In: Dossiê Saberes Subalternos. Revista Contemporânea. v. 2, nº. 2, 2012.

GUARESCHI, Pedrinho. Psicologia Social Crítica como prática de libertação. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

LANDER, Edgardo. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

MIGNOLO, Walter. Desobediência Epistêmica: A opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF- Dossiê: Literatura, língua e identidade, nº. 34, 2008.

ORTIZ, Renato. Imagens do Brasil. Revista Sociedade e Estado - Volume 28, nº 3, 2013. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/se/v28n3/a08v28n3.pdf. Acesso em: 02/6/2019.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In LANDER, Edgardo. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

____________. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global, 2014.

ROSSATO, Ricardo. Práxis. In: STRECK, Danilo; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. São Paulo: Graal, 1989.

___________. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2003.

___________. Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre a ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2006.

___________. A crítica da razão indolente contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2007.

___________. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa, MENESES, Maria Paula (orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SARTORI, Jerônimo. Educação bancária/educação problematizadora. In: STRECK, Danilo; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

Downloads

Publicado

2020-12-03

Como Citar

Veiga Júnior, Álvaro, Accorssi, A., & Silveira, A. F. (2020). DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS TRANSGRESSORAS RUMO AO BRASIL PROFUNDO E DESCOLONIAL. Momento - Diálogos Em Educação, 29(2). https://doi.org/10.14295/momento.v29i2.9192

Edição

Seção

Artigos