Panorama da Inclusão dos conceitos de Química Verde nas Licenciaturas em Química dos Institutos Federais
DOI:
https://doi.org/10.14295/ambeduc.v27i1.13526Palavras-chave:
Química Verde, Licenciatura em Química, Institutos Federais, Sustentabilidade, Formação de professores, Educação AmbientalResumo
A Química Verde (QV) surgiu na década de 90 com a proposta de repensar os processos químicos industriais para reduzir a poluição em sua origem. A formação de profissionais de Química, incluindo professores, deve incluir a QV. Este artigo tem como objetivo fornecer uma visão geral da inclusão de conceitos relacionados à QV nas Licenciaturas em Química oferecidas pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Observou-se que, entre 70 cursos analisados, 62 oferecem a Química Ambiental como disciplina obrigatória, enquanto a QV surge como disciplina opcional em um dos cursos e como tópico em outras disciplinas em 15 deles. Através desses resultados fica evidenciado que a inserção da QV ainda é incipiente nesses cursos, apesar de sua significância crescente nos dias atuais.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Q. A. R.; SILVA, B. B.; SILVA, G. A. L.; GOMES, S. S.; GOMES, T. N. C. Química verde nos cursos de Licenciatura em química do Brasil: mapeamento e importância na prática docente. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemática, v. 15, ed. 34, p. 178-187, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/6971. Acesso em: 13 jul. 2020.
ANASTAS, P. T.; BEACH, E. S. Changing the course of chemistry. In: ______; LEVY, I. J.; PARENT, K. E. (Org). Green Chemistry Education: Changing the Course of Chemistry. 1ª ed, Estados Unidos: American Chemical Society, 2009. p. 1-18. Disponível em: https://pubs.acs.org/isbn/9780841274471. Acesso em: 15 jul. goe2020.
ANASTAS, P. T.; KIRCHHOFF, M. M. Origins, Current Status, and Future Challenges of Green Chemistry. Accounts of Chemical Research, v. 35, n. 9, p. 686–694, 2002.
ANDRAOS, J.; DICKS, A. P. Green chemistry teaching in higher education: a review of effective practices. Chemical Education. Research and Practice, v. 13, p. 69–79, 2012.
BONZI, R. S. Meio século de Primavera silenciosa: um livro que mudou o mundo. Desenvolvimento e Meio ambiente, v. 28, 2013. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/made/article/view/31007>. Acesso em 23 set 2021.
BRANDÃO, J. B.; BOUZON, J. D.; SANTOS, T. C.; PEREIRA, V.; CHRISPINO, A. Mapeamento de publicações sobre o ensino da química verde no Brasil a partir de redes sociais. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemática, Pará, v. 14, p. 59-76, 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/5338>. Acesso em: 14 jul. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2015. Disponível em:<http://download.basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 13 jul. 2020.
BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em 23 set 2021.
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS. Química verde no Brasil: 2010-2030.1a ed, Brasília: CGEE, 2010. Disponível em: <https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/Livro_Quimica_Verde_9560.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2020.
DUPONT, J. Economia de átomos, engenharia molecular e catálise organometálica bifásica: conceitos moleculares para tecnologias limpas. Química Nova, v. 23, n. 6, p. 825-831, 2000. Disponível em . Acesso em 15 jul. 2020.
FARIAS, L.; FÁVARO, D. I. T. Vinte anos de química verde: conquistas e desafios. Química Nova, v. 34, n. 6, p. 1089-1093, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422011000600030&script=sci_abstract&tlng=es>. Acesso em 19 jul. 2020.
GIL, A. C. Como classificar as pesquisas? In: ______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2002. p. 41-58.
GOES, L. F.; LEAL, S. H.; CONO P.; FERNANDEZ, C. Aspectos do conhecimento pedagógico do conteúdo de química verde em professores universitários de química. Educación Química, v. 28, p. 113-123, 2013. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0187893X13725047>. Acesso em: 15 jul. 2020.
GOMES, R. N.; LIMA, O. S.; KURIYAMA, O. S.; NETO, A. A. F. Desenvolvimento da química verde no cenário industrial
brasileiro. Revista Fitos, Edição Especial, p. 80-89, set. 2018. ISSN 2446-4775. Disponível em: <http://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/580>. Acesso em: 14 jul 2020.
GÜNZEL, R. E.; UHMANN, R. I. M.; LEITE, F. de A. Promovendo reflexões sobre educação ambiental no ensino de química. Ambiente &Educação, v. 23, n. 2, p. 155–166, 2018. DOI: 10.14295/ambeduc.v23i2.8431. Disponível em: https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/view/8431. Acesso em: 24 set. 2021.
LEAL, A. L.; MARQUES, C. A. O Conhecimento químico e a questão ambiental na formação docente. Química Nova na Escola, n. 29, p. 30-33, 2008. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc29/07-PEQ-2807.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2020.
LENARDÃO, E. J.; FREITAG, R. A.; DABDOUB, M. J.; BATISTA, A. C. F." Green chemistry": os 12 princípios da química verde e sua inserção nas atividades de ensino e pesquisa. Química Nova, v. 26, p. 123-129, 2003. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/qn/a/XQTWJnBbnJWtBCbYsKqRwsy/?lang=pt>. Acesso em 20 set 2021.
MARQUES, C. A.; GONÇALVES, F. P.; ZAMPIRON, E.; COELHO, J. C.; MELLO, L. C.; OLIVEIRA, P. R. S; LINDEMANN, R. H. Visões de meio ambiente e suas implicações pedagógicas no ensino de química na escola média. Química Nova, v.30, n.8, p. 2043-2052, 2007. Disponível em:< https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000800042>. Acesso em 23 set 2021.
MOZETO, A.; JARDIM, W. F. A Química ambiental no Brasil. Química Nova, v. 25, supl. 1, p. 7-11, 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422002000800002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 3 jul. 2020.
OLIVEIRA, J. C. C. MOTA, P. R. S.; OLIVEIRA, A. C.; SAMPAIO, I. S. Biodiesel: uma temática para o ensino de Química. Crítica Educativa, v. 3, n. 2, p. 923-933, 2017. Disponível em: <https://www.criticaeducativa.ufscar.br/index.php/criticaeducativa/article/view/156>. Acesso em: 16 jul. 2020.
PACHAURI, R. K. REISINGER, A. (eds.). IPCC fourth assessment report. IPCC, Geneva, v. 2007, 2007. Disponível em <https://www.ipcc.ch/report/ar4/syr>/. Acessado em 15 set 2021.
PAULETTI, F.; RITTER, C. E. T. Oficina de biodiesel: relato de uma experiência de ensino de química com estudantes do ensino médio. Revista Areté: Revista Amazônica de Ensino de Ciências, v. 9, n. 18, p. 144-157, 2016. Disponível em: <http://periodicos.uea.edu.br/index.php/arete/article%20/view/203/202>. Acesso em: 16 jul. 2020.
ROLOFF, F. B.; MARQUES, C. A. Contribuições de produções acadêmicas nacionais sobre química verde e seu ensino. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemática, v. 14, ed. 32, p. 78-91, 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/5338>. Acesso em: 14 jul. 2020.
SANTOS, D. M.; ROYER, M. R. Análise da percepção dos alunos sobre a química verde e a educação ambiental no ensino de química. Revista Debates em Ensino de Química, v. 4. n. 2. p. 142-164, 2018. Disponível em: <http://www.journals.ufrpe.br/index.php/REDEQUIM/article/view/1805>. Acesso em 19 set 2021.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA: Divisão de Química Ambiental. Sobre a Divisão de Química Ambiental. Institucional. Disponível em: < http://www.sbq.org.br/ambiental/pagina/sobre-divisao-de-quimica-ambiental>. Acesso em: 20 de jul de 2020.
TROST, B. M. The atom economy-A search for synthetic efficiency, Science, v. 254, n. 5037, p. 1471-1477, 1991.
ZANDONAI, D. P.; SAQUETO, K. C.; ABREU, S. C. S. R.; LOPES, A. P.; ZUIN, V. G. l. Química verde e formação de profissionais do campo da química: relato de uma experiência didática para além do laboratório de ensino. Revista Virtual de Química, v. 6, n. 1, 73-84, 2014. Disponível em: <http://rvq-sub.sbq.org.br/index.php/rvq/article/view/432>. Acesso em: 15 jul 2020.
ZUIN, V. G. A inserção da química verde nos programas de pós-graduação em química do Brasil: tendências e perspectivas. RBPG: Revista Brasileira de Pós-Graduação, v.10, n.21, p.557-573, 2013a. Disponível em: <http://ojs.rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/view/425>. Acesso em 16 jul 2020.
ZUIN, V. G. A dimensão ambiental e a química verde na formação inicial de professores de química: reflexões a partir de um estudo de caso. Revista Brasileira de Ensino de Química, v.8, n.2, p.69-82, 2013b. Disponível em: <https://issuu.com/atomoealinea/docs/rebeq_v8_n2> Acesso em: 20 jul 2020.
ZUIN, V. G.; MARQUES, C. A.; ROLOFF, F. B.; VIEIRA, M. S. Desenvolvimento sustentável, química verde e educação ambiental: o que revelam as publicações da SBQ. Revista Brasileira de Ensino de Química, v.10, n.1, p.79-90, 2015. Disponível em: . Acesso em 23 out 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lucas de Souza Gomes, Júlia Régis de Andrade, Ana Beatriz Alves Leal, Renata Cristina Nunes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os (as) autores(as) que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: Os (as) autores(as) mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações (CC BY-NC-ND 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Os (as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. Os (as) autores(as) têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) em qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.