Paulo Freire e Florestan Fernandes: diálogos necessários sobre a democracia e a escola cidadã
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.6892Palavras-chave:
Paulo Freire, Florestan Fernandes, Democracia, Educação pública brasileiraResumo
Com a afirmação “Educação é política”, pautamos a discussão desse ensaio na temática da democracia dentro da perspectiva dos trabalhos de Paulo Freire em diálogo com os de Florestan Fernandes. Ao observar as práticas educacionais no cenário brasileiro, notamos que as mesmas congregam uma história de fracasso da escola pública em seu papel de educar os sujeitos sociais valorizando saberes como “liberdade” e “autonomia”. Dentro dessa perspectiva, destacamos o caráter político edificante da educação pública brasileira para a construção das mudanças sociais que se pretendem através de uma prática educativa distanciada de uma concepção bancária. Em linhas gerais, buscamos reafirmar a democracia pautada na ideia de um governo e um Estado do/com o povo e para o povo. Significa dizer que todo governo é também um autogoverno, uma prática de sujeitos autônomos, livres, com igualdade de direitos e deveres.Downloads
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