Simão Vergara e Maria Tereza da Cunha, o casal de pretos forros da tasca da Boa Vista: Africanidade, matrimônio e comunidade numa sociedade escravista (Pelotas, RS, século XIX)
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v8i15.381Palavras-chave:
escravidão. Família. Comunidade. Africanidade. Pelotas.Resumo
Através da trajetória de um casal de africanos forros abordaremos os arranjos familiares negros, visualizando também as estratégias de obtenção de alforria e de composição de alianças comunitárias. Pelos fragmentos biográficos que acessamos desse casal, podemos visibilizar aspectos das experiências de vida de alguns de seus iguais, assim como também desvendar particularidades de uma época, onde vigia uma sociedade escravista com grande presença de indivíduos africanos ainda escravizados e já forros.Downloads
Referências
_____________. Palácio das Misérias: Populares, delegados e carcereiros em Pelotas (1869-1889). Porto Alegre, PPGH/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2013. [Tese de doutorado]
ALBUQUERQUE, Wlamyra. O jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ARRIADA, Eduardo. Pelotas: gênese e desenvolvimento urbano. Pelotas: Armazém Literário, 1994.
BARICKMAN, B. J. Um contraponto baiano: açúcar, fumo, mandioca e escravidão no Recôncavo, 1780/1860. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
BERUTE, Gabriel. Atividades mercantis do Rio Grande de São Pedro: negócios, mercadorias e agentes mercantis (1808-1850). Porto Alegre, PPGH/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.
BRETAS, Marco Luiz. Ordem na cidade: o exercício cotidiano da autoridade policial no Rio de Janeiro, 1907-1930. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
CASTRO, Jeanne Berrance de. A milícia cidadã: a Guarda Nacional de 1831 a 1850. São Paulo, Editora Nacional, 1979. (Brasiliana, v.359)
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
__________. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
COSTA, Valéria Gomes. Trajetórias negras: os libertos da Costa d’ África no Recife (1846-1890). Salvador, PPGH-Universidade Federal da Bahia, 2013. [Tese de Doutorado]
CUNHA, Manoela Carneiro. Negros, estrangeiros: os escravos libertos e sua volta à África. Segunda edição revista e ampliada. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
FAGE, J. D. História da África. Lisboa, Edições 70, 2010.
FARIAS, Juliana Barreto. Mercados Minas: africanos ocidentais na praça do mercado do Rio de janeiro (1830-1890). Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio, 2015.
FLORENTINO, Manolo. A paz das senzalas: famílias escravas e tráfico atlântico, Rio de Janeiro, C. 1790-C. 1850. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.
HEYWOOD, Linda M. Diáspora Negra no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013.
HOLLOWAY, Thomas H. Polícia no Rio de Janeiro. Repressão e resistência numa cidade do século XIX. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.
IZECKSHON, Vitor. Resistência ao recrutamento para o Exército durante as guerras Civil e do Paraguai: Brasil e Estados Unidos na década de 1860. Estudos Históricos, 27, 2001. p.84-109.
KRAAY, H. Política racial, Estado e Forças Armadas na época da Independência: Bahia, 1790-1850. São Paulo: Hucitec, 2011.
MATA, Iacy Maia. Conspirações da raça de cor: escravidão, liberdade e tensões raciais em Santiago de Cuba (1864-1881). Campinas: Editora UNICAMP, 2015.
MATTOS, Hebe. Das cores do silêncio: os significados da liberdade no sudeste escravista. Terceira Edição Revisada. Campinas: Editora da UNICAMP, 2013.
MAUCH, Cláudia. Ordem Pública e moralidade: imprensa e policiamento urbano em Porto Alegre na década de 1890. Santa Cruz do Sul: EDUNISC/ANPUH-RS, 2004.
_____________. Dizendo-se autoridade: polícia e policiais em Porto Alegre, 1896-1929. Porto Alegre, PPGH/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011.
MILLER, Joseph C. África Central durante a Era do Comércio de Escravizados, de 1490 a 1850. In: HEYWOOD, Linda M. Diáspora Negra no Brasil. São Paulo, Contexto, 2008.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Entre o Deboche e a Rapina. Os cenários sociais da criminalidade popular em Porto Alegre. Porto Alegre: Armazém Digital, 2009.
_____________. Fragmentos de um enredo: Nascimento, primeiras letras e outras vivências de uma criança parda numa vila fronteiriça (Aurélio Viríssimo de Bittencourt / Jaguarão, século XIX) In: Paiva, Eduardo França; Ivo, Isnara Pereira; Martins, Ilton César. Escravidão e Mestiçagens: populações e identidades culturais. São Paulo: ANNABLUME, 2010, p. 115-138.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt; AL-ALAM, Caiuá Cardoso; PINTO, Natália Garcia. Os Calhambolas do General Manoel Padeiro: práticas quilombolas na Serra dos Tapes (RS, Pelotas, 1835). São Leopoldo: Oikos, 2013.
MOURA, Rosa Maria Garcia Rolim de. Habitação popular em Pelotas: 1980-1950: entre políticas públicas e investimentos privados. Porto Alegre, PPGH/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2006. [Tese de Doutorado]
MUGGE, Miqueias. Senhores da Guerra: elites militares no sul do Império do Brasil (Comandantes Superiores da Guarda Nacional - 1845-1873). Rio de Janeiro, PPGH/Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2016. [Tese de doutorado]
OLIVEIRA, Vinicius Pereira de. De Manoel Congo a Manuel de Paula: um africano ladino em terras meridionais. POA: EST Edições, 2006.
PEREIRA, Cristiana Schettini. Que Tenhas Teu Corpo: Uma história social da prostituição no Rio de Janeiro nas primeiras décadas republicanas. Campinas, PPGH/Unicamp, 2002.
PINTO, Natália Garcia. A benção Compadre: experiências de parentesco, escravidão e liberdade em Pelotas, 1830/1850. São Leopoldo, PPGH/Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2012. [Dissertação de Mestrado]
REIS, João José. Domingos Sodré. Um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
RODRIGUES, Jaime. O infame comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas: Editora UNICAMP, 2000.
ROSEMBERG, André. Polícia, policiamento e o policial na província de São Paulo, no final do Império: a instituição, prática cotidiana e cultura. São Paulo: PPGH/Universidade de São Paulo, 2008. [Tese de doutorado]
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2002.
SALLES, Ricardo. E o Vale era escravo: Vassouras, Século XIX. Senhores e escravos no coração do Império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
SCHERER, Jovani. Experiências de busca da liberdade: alforria e comunidade africana em Rio Grande, Século XIX. São Leopoldo, PPGH/Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2008. [Dissertação de Mestrado]
SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
SILVA, Wellington Barbosa da. Entre a liturgia e o salário: a formação dos aparatos policiais no Recife do século XIX (1830-1850). Recife, PPGH/ Universidade Federal de Pernambuco, 2003. [Tese de doutorado]
SIMÃO, Ana Regina Falkemback. Resistência e acomodação: a escravidão urbana em Pelotas, RS (1812-1850). Passo Fundo: Editora UPF, 2002.
SOUZA, Marina de Mello; VAINFAS, Ronaldo. Catolização e poder no tempo do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XVXVIII. Tempo. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, v.3, n.6, dez/1998, pp. 95-118.
TOMASCHEWSKI, Cláudia. Entre o Estado, o Mercado e a Dádiva: A distribuição da assistência a partir das irmandades da Santa Casa de Misericórdia nas cidades de
Pelotas e Porto Alegre, Brasil, c. 1847 – c. 1891. Porto Alegre, PPGH/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2014. [Tese de doutorado]
VARGAS, Jonas Moreira. “'Entre Jaguarão e Tacuarembó”: os charqueadores de Pelotas (RS) e os seus interesses políticos e econômicos na região da campanha rio-grandense e no norte do Uruguai (c. 1840 - c. 1870). Estudios Históricos (Rivera), v. 11, p. 1-22, 2013b.
_______________. Pelas margens do Atlântico: um estudo sobre elites locais e regionais no Brasil a partir das famílias proprietárias de charqueadas em Pelotas, Rio Grande do Sul (século XIX). Rio de Janeiro: PPGH/Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013a. [Tese de doutorado]
VIDE, Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. São Paulo, Editora da USP, 2010.
WERNET, Augustin. O Período Regencial: 1831-1840. São Paulo: Global, 1982.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.