Sistema de aluguel de escravos em obras públicas viárias do Brasil Império: uma análise das listas nominais de trabalhadores livres e escravos em Minas Gerais (1867-1873)
Palabras clave:
Trabalhadores, Sistema de Aluguel de Escravos, Infraestrutura ViáriaResumen
Este estudo explora o sistema de aluguel de escravos e a participação de dezenas de proprietários escravistas em obras públicas viárias a fim de contribuir para o debate sobre a escravidão e a liberdade no Brasil. Para tanto, analisa as listas nominais de trabalhadores livres e cativos em obras viárias da província de Minas Gerais. Valendo-se dessas listas, fonte primária pouco explorada pela historiografia, esta pesquisa analisa a ocupação e a condição social dos trabalhadores, bem como as taxas de retorno brutas anuais obtidas pelos donos de escravos alugados nas décadas de 1860 e 1870.
Descargas
Los datos de descargas todavía no están disponibles.
Citas
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. La traite negrière et l’unite nationale brèsilienne. Revue Française d’Outre-Mer, n. 66, p. 394-418, 1979.
ANDRADE, Maria Jose de Souza. A mão de obra escrava em Salvador, 1811-1860. São Paulo: Corrupio, 1988.
BERGAD, Laird W. Escravidão e História Econômica: demografia de Minas Gerais, 1720-1880. Bauru: Edusc, 2004.
CAMPBELL, Courtney. Making Abolition Brazilian: British Law and Brazilian Abolitionists in nineteenth-century Minas Gerais and Pernambuco. Slavery and Abolition, v. 36, n. 3, p. 521-543, 2015.
CARVALHO, José Murilo de. Escravidão e razão nacional. Revista de Ciências Sociais Dados, v. 31, n. 3, p. 2987-308, 1988.
CHALHOUB, Sidney. The Politics of Ambiguity: Conditional Manumission, Labor Contracts, and Slave Emancipation in Brazil (1850s-1888). International Review of Social History, n. 60, p. 161-191, 2015.
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. [1º edição 1990]. São Paulo: Cia das Letras, 2011.
COSTA, Wilma Peres. Ferrovias e trabalho assalariado em São Paulo. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, 1976.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Sobre os silêncios da lei. Lei costumeira e positiva nas alforrias de escravos no Brasil do século XIX. Cadernos IFCH, n. 3, Unicamp, 1983.
DOLHNIKOFF, Miriam. O lugar das elites regionais. Revista USP, p. 116-133, 2003.
DOLHNIKOFF, Miriam. O pacto imperial: origem do federalismo no Brasil do século XIX. São Paulo: Globo, 2005.
ELTIS, David. Economic Growth and the Ending of the Transatlantic Slave Trade. New York: Oxford University Press, 1987.
ENGERMAN, Stanley. Comparative approaches to the Ending of Slavery. Slavery and Abolition, v. 2, n. 21, p. 281-300, 2000.
FRANK, Zephyr. Dutra’s world: wealth and family in nineteenth-century Rio de Janeiro. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2004.
GOLDIN, Claudia Dale. Urban slavery in the American South, 1820-1860: a quantitative history. Chicago: University of Chicago Press, 1976.
GUEDES, Roberto. Samuel da Rocha: escravo, aparentado, forro, carpinteiro e senhor (Porto Feliz, São Paulo, Século XIX). Anos 90 (UFRGS), v. 17, p. 55-79, 2010.
KARASCH, Mary. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
KLEIN, Herbert; LUNA, Francisco. Pessoas livres de cor numa sociedade escravocrata: São Paulo e Minas Gerais no início do século XIX. In: LUNA, Francisco; COSTA, Iraci del Nero da; KLEIN, Herbert. Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: Edusp, 2009.
LAMOUNIER, Maria Lucia. Ferrovias e Mercado de Trabalho no Brasil do século XIX. São Paulo: Edusp, 2012.
LIBBY, Douglas Cole. Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas no século XIX. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1988.
LIBBY, Douglas Cole. Trabalho escravo e capital estrangeiro no Brasil: o caso de Morro Velho. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1984.
MAC CORD, Marcelo. Artífices da cidadania: mutualismo, educação e trabalho no Recife oitocentista. Campinas: Ed. Unicamp, 2012.
MAC CORD, Marcelo. Francisco José Gomes de Santa Rosa: experiências de um mestre pedreiro pardo e pernambucano no Oitocentos. Afro-Ásia, v. 49, p. 199-227, 2014.
MAMIGONIAN, Beatriz. O Estado nacional e a instabilidade da propriedade escrava: a Lei de 1831 e a matrícula dos escravos de 1872. Almanack, n. 2, p. 20-37, 2011.
MAMIGONIAN, Beatriz. Os africanos livres: a abolição do tráfico de escravos no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2017.
MARQUESE, Rafael. A Guerra Civil dos Estados Unidos e a Crise da Escravidão no Brasil. Afro-Ásia, v. 51, p. 37-71, 2015.
MARTINS, Roberto Borges. Tesouro revelado. Revista do Arquivo Público Mineiro, Ano LI, n. 1, 2015, p. 80-103.
MELLO, Pedro Carvalho de. Rates of return on slave capital in Brazilian Coffee Plantations, 1871-1881. In: FOGEL, Robert; ENGERMAN, Stanley (et al.). Without consent or contract. Technical papers: the rise and fall of American slavery. New York: W.W.Norton & Company, 1992.
MELLO, Pedro Carvalho de; SLENES, Robert. Análise Econômica da Escravidão no Brasil. In: NEUHASS, Paulo (coord). Economia brasileira: uma visão histórica. Rio de Janeiro. Ed. Campus, 1980.
MORAES, Viviane de. Estradas interprovinciais no Brasil Central (1834-1870). 276 f. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2010.
MOTTA, José Flávio. Escravos daqui, dali e de mais além: o tráfico interno de cativos na expansão cafeeira paulista. São Paulo: Alameda, 2012.
PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX. 229 f. Tese (Doutorado em História) – FFLCH, Universidade de São Paulo 1996.
PAIVA, Clotilde Andrade; GODOY, M.; RODARTE, M. Publicação crítica do recenseamento geral do Império do Brasil de 1872. Belo Horizonte: Núcleo de Pesquisa em História Econômica e Demográfica/NPHED, 2012.
PARRON, Tamis. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
PENA, Eduardo Spiller. Pajens da casa imperial, jurisconsultos, escravidão e a lei de 1871. Campinas: Ed. Unicamp, 2001.
REIS, João José. A greve negra de 1857 na Bahia. Revista USP, n. 18, p. 8-29, 1993.
RODARTE, Mario. O trabalho do fogo: domicílios ou famílias do passado - Minas Gerais, 1830. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2012.
SAES, Flávio. As ferrovias de São Paulo, 1870-1940: expansão e declínio do transporte ferroviário em São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1981.
SLENES, Robert. The Brazilian Internal Slave Trade, 1850-1888: Regional Economies, Slave Experience, and the Politics of a Peculiar Market. In: JOHNSON, Walter (eds.). The chattel principle: internal slave trades in the Americas. New Haven: Yale University Press, 2004.
Soares, Luiz Carlos. Os escravos de ganho no Rio de Janeiro do século XIX. Revista Brasileira de História, v. 8, n. 16, p. 107-142, 1988.
SOUZA, Robério. Trabalhadores dos trilhos: imigrantes e nacionais livres, libertos e escravos na construção da primeira ferrovia baiana (1858-1863). Campinas: Editora UNICAMP, 2015.
SUMMERHILL, William. Big social savings in a small laggard economy: railroad-led growth in Brazil. The Journal of Economic History, v. 65, n. 1, p. 72-102, 2005.
WADE, Richard. Slavery in the cities: the South 1820-1860. Nova York: Oxford University Press, 1964.
YOUSSEF, Alain El. O Império do Brasil na segunda era da abolição, 1861-1888. 312 f. Tese (Doutorado em História) – FFLCH, Universidade de São Paulo 2019.
ANDRADE, Maria Jose de Souza. A mão de obra escrava em Salvador, 1811-1860. São Paulo: Corrupio, 1988.
BERGAD, Laird W. Escravidão e História Econômica: demografia de Minas Gerais, 1720-1880. Bauru: Edusc, 2004.
CAMPBELL, Courtney. Making Abolition Brazilian: British Law and Brazilian Abolitionists in nineteenth-century Minas Gerais and Pernambuco. Slavery and Abolition, v. 36, n. 3, p. 521-543, 2015.
CARVALHO, José Murilo de. Escravidão e razão nacional. Revista de Ciências Sociais Dados, v. 31, n. 3, p. 2987-308, 1988.
CHALHOUB, Sidney. The Politics of Ambiguity: Conditional Manumission, Labor Contracts, and Slave Emancipation in Brazil (1850s-1888). International Review of Social History, n. 60, p. 161-191, 2015.
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. [1º edição 1990]. São Paulo: Cia das Letras, 2011.
COSTA, Wilma Peres. Ferrovias e trabalho assalariado em São Paulo. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, 1976.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Sobre os silêncios da lei. Lei costumeira e positiva nas alforrias de escravos no Brasil do século XIX. Cadernos IFCH, n. 3, Unicamp, 1983.
DOLHNIKOFF, Miriam. O lugar das elites regionais. Revista USP, p. 116-133, 2003.
DOLHNIKOFF, Miriam. O pacto imperial: origem do federalismo no Brasil do século XIX. São Paulo: Globo, 2005.
ELTIS, David. Economic Growth and the Ending of the Transatlantic Slave Trade. New York: Oxford University Press, 1987.
ENGERMAN, Stanley. Comparative approaches to the Ending of Slavery. Slavery and Abolition, v. 2, n. 21, p. 281-300, 2000.
FRANK, Zephyr. Dutra’s world: wealth and family in nineteenth-century Rio de Janeiro. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2004.
GOLDIN, Claudia Dale. Urban slavery in the American South, 1820-1860: a quantitative history. Chicago: University of Chicago Press, 1976.
GUEDES, Roberto. Samuel da Rocha: escravo, aparentado, forro, carpinteiro e senhor (Porto Feliz, São Paulo, Século XIX). Anos 90 (UFRGS), v. 17, p. 55-79, 2010.
KARASCH, Mary. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
KLEIN, Herbert; LUNA, Francisco. Pessoas livres de cor numa sociedade escravocrata: São Paulo e Minas Gerais no início do século XIX. In: LUNA, Francisco; COSTA, Iraci del Nero da; KLEIN, Herbert. Escravismo em São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: Edusp, 2009.
LAMOUNIER, Maria Lucia. Ferrovias e Mercado de Trabalho no Brasil do século XIX. São Paulo: Edusp, 2012.
LIBBY, Douglas Cole. Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas no século XIX. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1988.
LIBBY, Douglas Cole. Trabalho escravo e capital estrangeiro no Brasil: o caso de Morro Velho. Belo Horizonte, Ed. Itatiaia, 1984.
MAC CORD, Marcelo. Artífices da cidadania: mutualismo, educação e trabalho no Recife oitocentista. Campinas: Ed. Unicamp, 2012.
MAC CORD, Marcelo. Francisco José Gomes de Santa Rosa: experiências de um mestre pedreiro pardo e pernambucano no Oitocentos. Afro-Ásia, v. 49, p. 199-227, 2014.
MAMIGONIAN, Beatriz. O Estado nacional e a instabilidade da propriedade escrava: a Lei de 1831 e a matrícula dos escravos de 1872. Almanack, n. 2, p. 20-37, 2011.
MAMIGONIAN, Beatriz. Os africanos livres: a abolição do tráfico de escravos no Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2017.
MARQUESE, Rafael. A Guerra Civil dos Estados Unidos e a Crise da Escravidão no Brasil. Afro-Ásia, v. 51, p. 37-71, 2015.
MARTINS, Roberto Borges. Tesouro revelado. Revista do Arquivo Público Mineiro, Ano LI, n. 1, 2015, p. 80-103.
MELLO, Pedro Carvalho de. Rates of return on slave capital in Brazilian Coffee Plantations, 1871-1881. In: FOGEL, Robert; ENGERMAN, Stanley (et al.). Without consent or contract. Technical papers: the rise and fall of American slavery. New York: W.W.Norton & Company, 1992.
MELLO, Pedro Carvalho de; SLENES, Robert. Análise Econômica da Escravidão no Brasil. In: NEUHASS, Paulo (coord). Economia brasileira: uma visão histórica. Rio de Janeiro. Ed. Campus, 1980.
MORAES, Viviane de. Estradas interprovinciais no Brasil Central (1834-1870). 276 f. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2010.
MOTTA, José Flávio. Escravos daqui, dali e de mais além: o tráfico interno de cativos na expansão cafeeira paulista. São Paulo: Alameda, 2012.
PAIVA, Clotilde Andrade. População e economia nas Minas Gerais do século XIX. 229 f. Tese (Doutorado em História) – FFLCH, Universidade de São Paulo 1996.
PAIVA, Clotilde Andrade; GODOY, M.; RODARTE, M. Publicação crítica do recenseamento geral do Império do Brasil de 1872. Belo Horizonte: Núcleo de Pesquisa em História Econômica e Demográfica/NPHED, 2012.
PARRON, Tamis. A política da escravidão no Império do Brasil, 1826-1865. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
PENA, Eduardo Spiller. Pajens da casa imperial, jurisconsultos, escravidão e a lei de 1871. Campinas: Ed. Unicamp, 2001.
REIS, João José. A greve negra de 1857 na Bahia. Revista USP, n. 18, p. 8-29, 1993.
RODARTE, Mario. O trabalho do fogo: domicílios ou famílias do passado - Minas Gerais, 1830. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2012.
SAES, Flávio. As ferrovias de São Paulo, 1870-1940: expansão e declínio do transporte ferroviário em São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1981.
SLENES, Robert. The Brazilian Internal Slave Trade, 1850-1888: Regional Economies, Slave Experience, and the Politics of a Peculiar Market. In: JOHNSON, Walter (eds.). The chattel principle: internal slave trades in the Americas. New Haven: Yale University Press, 2004.
Soares, Luiz Carlos. Os escravos de ganho no Rio de Janeiro do século XIX. Revista Brasileira de História, v. 8, n. 16, p. 107-142, 1988.
SOUZA, Robério. Trabalhadores dos trilhos: imigrantes e nacionais livres, libertos e escravos na construção da primeira ferrovia baiana (1858-1863). Campinas: Editora UNICAMP, 2015.
SUMMERHILL, William. Big social savings in a small laggard economy: railroad-led growth in Brazil. The Journal of Economic History, v. 65, n. 1, p. 72-102, 2005.
WADE, Richard. Slavery in the cities: the South 1820-1860. Nova York: Oxford University Press, 1964.
YOUSSEF, Alain El. O Império do Brasil na segunda era da abolição, 1861-1888. 312 f. Tese (Doutorado em História) – FFLCH, Universidade de São Paulo 2019.
Descargas
Publicado
2020-02-01
Cómo citar
Cravo, T. (2020). Sistema de aluguel de escravos em obras públicas viárias do Brasil Império: uma análise das listas nominais de trabalhadores livres e escravos em Minas Gerais (1867-1873). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 11(22), 162–181. Recuperado a partir de https://seer.furg.br/rbhcs/article/view/10846
Número
Sección
Artigos Livres
Licencia
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.
