PROCESSOS DE EDUCAÇÃO POPULAR DAS JUVENTUDES NEGRAS E PERIFÉRICAS

significados e contribuições da Rede Emancipa de cursinhos populares em Belém – Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/momento.v31i01.13676

Palavras-chave:

educação popular; cursinhos populares; direito à educação; juventude

Resumo

O debate sobre as juventudes negras e periféricas vem se impondo no cenário acadêmico e político, com variado número de produções sobre violências diversas, racismos, exclusões e desigualdades, e sobre processos de organização, de arte, cultura e outros gestados por jovens, como estratégias importantes de viver as periferias, denunciar e lutar por direitos. Compreender estes processos é fundamental para pensar o papel dos jovens no enfrentamento de desigualdades e opressões estruturais, cidadania e defesa da democracia. Este artigo visa contribuir com o debate analisando o significado dos cursinhos populares como uma proposta de educação popular e organização política das/com as juventudes, assumindo a luta pelo direito à educação e suas relações com as lutas por outros direitos. A metodologia é um estudo de caso da Rede Emancipa Belém de Educação Popular, um projeto de extensão UFPA articulado à Rede Nacional Emancipa. O projeto atua com sete unidades em bairros periféricos, envolvendo, aproximadamente 100 estudantes de graduação e 400 jovens que se preparam para o Enem. Discutem-se os princípios e estratégias da proposta com base no pensamento freireano e as percepções dos jovens envolvidos/as sobre suas condições de vida, direitos e expectativas e o papel do cursinho. Os dados são oriundos de documentos, rodas de conversas, formulários aplicados e observação participante. Os resultados mostram a vulnerabilidade dos jovens, suas expectativas sobre a educação e sua contribuição e sentidos de oportunidade e inserção social. Conclui-se que as estratégias do projeto têm importância na construção da consciência coletiva e politização das desigualdades e violações e também na construção de sentidos de luta e de valores coletivos da liberdade, solidariedade, mobilização, igualdade, direito, justiça social etc., demonstrando o potencial do trabalho na formação política das juventudes.

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Biografia do Autor

Lúcia Isabel da Conceição Silva, Universidade Federal do Pará - UFPA

Doutora em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará - UFPA. Líder do Grupo de Estudos da Juventude -  GEPJUV. E-mail: luciaisabel@ufpa.br.

Paula Maíra Alves Cordeiro, Universidade Federal do Pará - UFPA

Mestranda em Educação pela Universidade Federal do Pará. Licenciada em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará. Membra do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Juventude - GEPJUV. Coordenadora Nacional da Rede Emancipa e Educadora Popular. E-mail: paulamaira16@gmail.com

Jorge Martins Evangelista Júnior, Universidade Federal do Pará - UFPA

Bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Pará, Coordenador Nacional da Rede Emancipa e Educador Popular. E-mail: jorgemartinsej@gmail.com

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Publicado

2022-03-21

Como Citar

da Conceição Silva, L. I., Alves Cordeiro, P. M., & Martins Evangelista Júnior, J. . (2022). PROCESSOS DE EDUCAÇÃO POPULAR DAS JUVENTUDES NEGRAS E PERIFÉRICAS: significados e contribuições da Rede Emancipa de cursinhos populares em Belém – Pará. Momento - Diálogos Em Educação, 31(01), 57–74. https://doi.org/10.14295/momento.v31i01.13676