A educação ambiental formal como princípio da sustentabilidade na práxis educativa

Autores/as

  • Raimunda Kelly Silva Gomes Universidade do Estado do Amapá
  • Luiza Nakayama Universidade federal do Pará
  • Francele Benedito Baldez de Sousa Universidade do estado do Amapá/Grupo de integração socioambiental e educacional

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.5280

Palabras clave:

sustentabilidade, educação ambiental, práxis educativa

Resumen

Este artigo objetiva refletir sobre a implementação da educação ambiental no ensino formal, e sua contribuição na construção de sociedades sustentáveis, considerando que somente por meio de um processo educativo, que respeite a diversidade cultural, e promova a integração entre as culturas locais, poder-se-á integrar os conteúdos curriculares ao modo de vida da população. Neste sentido, a educação ambiental como ação educativa está presente de forma transversal, articulando o conjunto de saberes, e a compreensão da interligação com a prática social cotidiana e o sentido da própria escola. Diante disso, é indispensável a forma como o professor constrói seus saberes e representações, e busca integrá-los em sua prática docente, podendo servir de fundamento para entender e repensar a inserção da Educação Ambiental no ensino formal.

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Biografía del autor/a

Raimunda Kelly Silva Gomes, Universidade do Estado do Amapá

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2006). Atualmente é Mestre em Biologia Ambiental, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos, pela Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Bragança (2008), executando atividades de pesquisa junto ao Laboratório de Oceanografia Costeira e Estuarina. Tem experiência na área de Educação Ambiental, Gestão escolar, educação do campo, zoneamento ecológico econômico e de Ecologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarino, atuando na Zona Costeira Amazônica. Tem desenvolvido atividades de pesquisa no Instituto de Pesquisa Cientifica e Tecnológica do Estado do Amapá. Atualmente é docente da Universidade do Estado do Amapá, curso de licenciatura em Pedagogia, e líder do grupo de pesquisa de integração socioambiental e educacional na Amazônia amapaense.

Luiza Nakayama, Universidade federal do Pará

Sou Professora Associada IV da Universidade Federal do Pará e Bolsista PIBID-CAPES. Membro da ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Chefe do Laboratório de Biologia de Organismos Aquáticos (LABIO); fundei e coordeno a Sala Verde POROROCA Espaço Interativo Socioambiental Paulo Freire, convênio MMA/UFPA, registrado na UFPA (Portaria 16/2007/CCB) e no CNPq e na PROEX-UFPA, como Programa Sala Verde Pororoca, com quatro subprojetos em andamento. Estou vinculada a três pós-graduações strictu sensu: no Programa de Pós graduação em Ciência Animal (PPGCA), oriento na área de plâncton (fitoplâncton, zooplâncton e ictioplânton) e etnobiologia de peixes amazônicos, principalmente em comunidades indígenas; no PPG Educação (PPGED) na área: de formação de professores, de Educação Ambiental e de Educação Indígena e no PPG Ciências e Matemáticas (PPGEMCI) na área de Ensino de Ciências e Educação Ambiental. Possuo, no presente momento, 2 bolsistas de graduação PIBIC-CNPq, 1 PIBIC Sem Fronteiras, 2 Navega Saberes e 1 PIBEX, além de alunos de graduação (Biologia, Pedagogia, Oceanografia e Engenharia Sanitária e Ambiental) em estágio rotatório e iniciação científica da UFPA. Tenho a seguinte produção científica: 1) 45 artigos em revista regionais, nacionais e internacionais indexadas; 2) 2 artigo publicado em magazine (Revista Científica do Clube de Ciências da UFPA; 3) 3 artigo aceitos para ser publicado em 2015; 4) 261 trabalhos em eventos científicos regionais, nacionais e internacionais; 5) orientação/defesa de 4 monografia de especialização , de 17 dissertações de mestrado e de 5 tese de doutorado; 6) orientação/conclusão de 118 alunos de iniciação científica (entre estágio rotatório I e II, TCC, bolsistas PIBIC UFPA, PIBIC FADESPA, PIBIC CNPq, PIBEX, Navega Saberes, Programa Jovens Talentos para a Ciência e Sem Fronteiras), TCC e PIBIC JR concluídas e 7) Atualmente orienta 1 aluna de mestrado, 1 de doutorado, 2 bolsistas PIBIC CNPq, 2 bolsista Navega Saberes e 1 bolsista PIBEX.

Francele Benedito Baldez de Sousa, Universidade do estado do Amapá/Grupo de integração socioambiental e educacional

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é Mestre em Desenvolvimento Regional, pela Universidade Federal do Amapá (2011). Tem experiência na área de Sociologia da educação, educação do campo e desenvolvimento rural. No momento desenvolve atividades de ensino na secretaria Estadual de Educação do Amapá-SEED, bem como tem desenvolvido a docência no programa nacional de formação de professores- PARFOR. Além disso, tem feito parcerias no Núcleo de integração socioambiental da universidade do Estado do Amapá, para o desenvolvimento da pesquisa e extensão.

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Publicado

2017-02-13

Cómo citar

Silva Gomes, R. K., Nakayama, L., & Baldez de Sousa, F. B. (2017). A educação ambiental formal como princípio da sustentabilidade na práxis educativa. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 11–39. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.5280