OBSERVANDO OS “ESTUDOS DO MEIO” PELA LENTE DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v24i0.4390Keywords:
estudos do meio, educação ambiental crítica, relação ser humano-meio ambiente.Abstract
As práticas mais comuns de educação ambiental ainda estão muito presas ao ensino sobre a natureza (distante e descontextualizado), para a natureza (preservacionista/ conservacionista) e, especialmente nas últimas décadas, na natureza. Nesse último caso, os “estudos do meio” aparecem como propostas educacionais em contato direto com o “meio natural”, objetivando, por meio de atividades de sensibilização, a criação de laços supostamente perdidos pelo crescente distanciamento entre o ser humano e a natureza. Apesar da reconhecida importância desses laços, uma abordagem que se prenda apenas a esses valores não só é demasiada simplista como pode na verdade reforçar a visão fragmentária entre ser humano e natureza, notoriamente uma das principais causas da crise ambiental contemporânea. Nesse sentido, o objetivo desse artigo é analisar, partindo das abordagens críticas de educação ambiental, até que ponto os estudos do meio cumprem os objetivos propostos e até que ponto esses objetivos vão ao encontro do ideal de construção de uma educação para a sustentabilidade. Além de revisão bibliográfica sobre a temática “estudos do meio”, o artigo propõe uma re-leitura de dados coletados durante a realização de um estudo do meio que teve como referências uma literatura que defende o desenvolvimento de práticas na natureza para a promoção da educação ambiental.Downloads
References
AVANZI, M. R. Ecopedagogia. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de
Educação Ambiental. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004.
BARROS, Maria Isabel Amando de. Outdoor education: uma alternativa para a educação
ambiental através do turismo de aventura. In: SERRANO, Célia. A educação pelas pedras:
ecoturismo e educação ambiental. São Paulo: Chronos, 2000. p.85-110.
CORNELL, J. A alegria de aprender com a natureza: atividades ao ar livre para todas as idades.
São Paulo: Companhia melhoramentos, 1997.
_______. Brincar e aprender com a natureza: guia de atividades infantis para pais e monitores.
São Paulo: Companhia Melhoramentos, 1996.
DE DECCA, E. S. E. P. Thompson: tempo e lazer nas sociedades modernas. In: BRUHNS, H. T.
Lazer e ciências sociais: diálogos pertinentes. São Paulo: Chronos, 2002. p.50-73.
DINIZ, E. M.; TOMAZELLO, M. G. C. A pedagogia da complexidade e o ensino de conteúdos
atitudinais na educação ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental,
v.15, p.80-93, jul./dez., 2005. Disponível em: <http://www.remea.furg.br/>. Acessado em: 12 set.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 24.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
_______. Educação e mudança. 7.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
_______. Extensão ou comunicação? 10.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25.ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura).
_______. Pedagogia do oprimido. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GUIMARÃES, M. Educação ambiental crítica. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente.
Diretoria de Educação Ambiental. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:
MMA, 2004. p.25-34.
GUTIÉRREZ, F.; PRADO, C. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, 2000.
KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 3.ed. São Paulo:
Cortez, 1999.
LIMA, G. F. C. Educação, emancipação e sustentabilidade: em defesa de uma pedagogia
libertadora para a educação ambiental. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de
Educação Ambiental. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004. p.85-
MARCELLINO, N. C. Lazer e educação. 6.ed. Campinas: Papirus, 2000.
NOVO, M. El análisis de los problemas ambientales: modelos y metodologías. In: NOVO, M.;
LARA, R. (Org.). El análisis interdisciplinar de la problemática ambiental. UNESCO/PNUMA,
v.I.
OLIVEIRA, F. R. de. Aventura, aprendizagem e desenvolvimento pessoal. In: SERRANO, Célia.
A educação pelas pedras: ecoturismo e educação ambiental. São Paulo: Chronos, 2000. p.111-
PINTO, L. M. S. M. Dicionário crítico da educação: lazer. Presença Pedagógica, v.7, n.40, p.90-
, 2001.
REIGOTA, M. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2001. (Coleção primeiros
passos).
RODRIGUES, C. O movimento na natureza: o papel da educação física na educação ambiental.
74 p. Monografia - Curso de Educação Física, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2002.
RODRIGUES, C.; GONÇALVES JUNIOR, L. Ecomotricidade: sinergia entre educação
ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica. Revista Motriz, v.15, n.4, p.987-995,
out./dez. 2009.
RUSCHEINSKY, A. Atores sociais e meio ambiente: a mediação da Ecopedagogia. In: BRASIL.
Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental. Identidades da educação
ambiental brasileira. Brasília: MMA, 2004. p.51-64.
SAMPAIO, T. M. V. Educação física, lazer e meio ambiente: desafios da relação ser humano e
ecossistema. In: MARCO, A. (Org.). Educação Física: cultura e sociedade. Campinas: Papirus
Editora, 2006.
SERRANO, Célia. A Educação Pelas Pedras: ecoturismo e educação ambiental. São Paulo:
Chronos, 2000.