A história da remoção de matérias fecais e águas servidas em cubos, na cidade de Pelotas, RS (1875-1925)

Autores

  • Fabiano Quadros Rückert Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ Universidade Federal do Rio Grande
  • Jonathan Fachini da Silva SESI-RS / UAB-UNIPAMPA https://orcid.org/0000-0002-0258-288X

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v14i28.14159

Palavras-chave:

salubridade urbana; Serviço de Asseio Público; higiene; Pelotas.

Resumo

O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa centrada na história do Serviço de Asseio Público na cidade de Pelotas (Brasil, RS), no período entre 1875 e 1925. Dentro deste marco temporal, a pesquisa explorou a crescente preocupação do poder público com o a remoção das matérias fecais e águas servidas em cubos e com os riscos que está prática representava para a salubridade urbana. Por meio da consulta em fontes documentais, buscamos compreender como a municipalidade pelotense atacou o problema da coleta e descarte das matérias fecais. Os documentos indicam que, a partir de 1903, a preocupação sanitária coexistiu com estratégias administrativas voltadas para o equilíbrio entre a receita e despesa que anualmente o Asseio Público gerava para os cofres da municipalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiano Quadros Rückert, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ Universidade Federal do Rio Grande

Gaduado no curso de Licenciatura em História pela UNISINOS (2003), Mestre em História pela UNISINOS (2007), Doutor em História pela UNISINOS (2015). Pós-Doutorando em História na Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Professor Adjunto do Curso de História da UFMS - Campus do Pantanal.

Docente Permanente do PPGE da UFMS - Campus do Pantanal

Jonathan Fachini da Silva, SESI-RS / UAB-UNIPAMPA

Doutor em História. Professor Referência da Área de Ciências Humanas da EJA-EaD do SESI-RS. Tutor a Distância do Curso de História Licenciatura UAB/UNIPAMPA.

Referências

CASTRO SANTOS, Luiz Antônio de. Um século de Cólera: itinerário do medo. PHYSIS - Revista de Saúde Coletiva, Vol. 4, Número 1, 1994, p. 79-110.

CORBIN, Alain. Saberes e Odores. O olfato e o imaginário social nos séculos XVIII e XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

CHALHOUB, Sidney. Cidade febril. Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

FONSECA, Cláudia Damasceno. Arraiais e vilas d`El Rei. Espaço e poder nas Minas setecentistas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

GILL, Lorena. O mal do século: tuberculose, tuberculosos e políticas de saúde pública em Pelotas (RS) 1890-1930. Pelotas: EDUCAT, 2007.

GUTIERRES, Ester J. B. Barro e sangue: mão-de-obra, arquitetura e urbanismo em Pelotas. Tese de Doutorado em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999.

JIMÉNEZ; Rogelio Marce. Problemática sanitaria y conflictos políticos en una ciudad del centro de Veracruz: la epidemia de cólera morbus de 1833 en Xalapa. Secuencia, n. 91, p. 67-101, 2015 Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0186-03482015000100003

MOURA; Rosa Maria Garcia Rolim de. Moradia popular e expansão urbana – as vilas

proletárias pelotenses. História em Revista, v. 12, p- 76-96, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/HistRev/article/view/11432

PROST, Antoine. Doze lições sobre a História. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

RECALDE, Héctor. Las epidemias de Cólera (1856-1895). Salud y sociedad en la Argentina oligárquica. Buenos Aires: Corregidor, 1993.

RODRIGUES, Thiago Dargains. A febre amarela no Rio de Janeiro e em Buenos Aires na década de 1870. Dissertação de Mestrado em História das Ciências e da Saúde, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.ppghcs.coc.fiocruz.br/images/dissertacoes/dissertao_thiago_dargains_rodrigues.pdf

RÜCKERT, Fabiano Quadros. O saneamento e a politização da higiene no Rio Grande do Sul (1828-1930). Tese (Doutorado em História), UNISINOS, São Leopoldo, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/4990/Fabiano%20Quadro%20R%c3%bcckert_.pdf?sequence=1&isAllowed=y

RÜCKERT, Fabiano Quadros. A politização da higiene na imprensa do Rio Grande do Sul (1875-1930). Revista de História Regional, 21(2): 597-627, 2016. Disponível em: http://www.revistas2.uepg.br/index.php/rhr

SILVEIRA, Aline Montagna da. De fontes e aguadeiros à penas d’água. Reflexões sobre o sistema de abastecimento de água e as transformações da arquitetura residencial no final do século XIX em Pelotas, RS. Tese (Doutorado em Arquitetura) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2009. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-26032010-162420/publico/DE_FONTES_E_AGUADEIROS_DIGITAL.pdf

SOARES, Paulo Roberto Rodrigues. Modernidade Urbana e dominação da natureza: o saneamento de Pelotas nas primeiras décadas do século XX. Anos 90, Vol. 8, n. 14, 2000, p. 184-201. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/6801

SOARES, Paulo Roberto Rodrigues. Del proyecto urbano a la producción del espacio: morfología urbana de la ciudad de Pelotas, Brasil (1812-2000). Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografía Humana, Universidad de Barcelona, Barcelona, 2002.

SCHWARTSMANN; Leonor Baptista RÜCKERT, Fabiano Quadros. A febre tifoide no Rio Grande do Sulda Primeira República: uma doença com história. Oficina do Historiador, Porto Alegre, EDIPUCRS, v. 11, n. 2, jul./dez. 2018, p. 57-75.

XAVIER, Janaina Silva. O saneamento em Pelotas (1871-1915): o patrimônio sob o signo de modernidade e progresso. Dissertação (Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2010. <http://guaiaca.ufpel.edu.br/bitstream/.../1/Janaina_Silva_Xavier_Dissertacao.pdf>

Downloads

Publicado

2022-09-01

Como Citar

Rückert, F. Q., & Fachini da Silva, J. (2022). A história da remoção de matérias fecais e águas servidas em cubos, na cidade de Pelotas, RS (1875-1925). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 14(28), 252–278. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v14i28.14159