A biblioteca, o nacional e a modernidade na belle époque carioca
DOI:
https://doi.org/10.14295/biblos.v35i1.12304Palavras-chave:
Biblioteca Nacional, História das Bibliotecas, História do Brasil, Memória, Primeira RepúblicaResumo
O final do século XIX e o início do século XX representam para o Rio de Janeiro, e para o Brasil um momento de profundas transformações políticas, sociais e urbanas. Num contexto de intensa agitação político-social graças à Proclamação da República, a Biblioteca Nacional emerge como uma das grandes beneficiadas dos movimento de modernização da antiga capital do país. Este artigo objetiva compreender como a Biblioteca Nacional se tornou símbolo da Primeira República e nela se ancora a consagração do regime republicano. Posiciona a BN como um espaço representante do moderno, seja em suas práticas, arquitetura ou no capital social que acumula ao seu redor. Concluí que a Biblioteca Nacional exerce o seu papel de guardiã da memória nacional, além de oferecer o moderno através de seus produtos e serviços e ser um polo de erudição em busca do desejo de civilização e modernidade da Primeira República.
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