Potenciais reações adversas relacionadas a antipsicóticos ou antidepressivos e fármacos associados em pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) “Esperança” de Recife

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/vittalle.v32i1.8793

Palavras-chave:

Reações adversas, antidepressivos, antipsicóticos, politerapia, Serviços de Saúde Mental

Resumo

Objetivou-se identificar os principais antipsicóticos e antidepressivos utilizados em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e caracterizar o perfil de pacientes submetidos ao tratamento em politerapia analisando os riscos potenciais das reações adversas. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa, realizada no CAPS “Esperança” de Recife (Pernambuco). Participaram deste estudo usuários admitidos entre janeiro de 2013 e junho de 2016. Uma triagem inicial de 155 prontuários médicos foi realizada visando identificar o perfil do usuário quanto ao diagnóstico clínico e medicamentos utilizados. Na segunda etapa, 51 pacientes em regime de tratamento em politerapia foram entrevistados visando identificar as principais associações medicamentosas e as reações adversas mais relatadas. A média da idade dos pacientes foi de 44 anos (91 femininos e 64 masculinos) com transtornos mentais de alta gravidade, predominando a esquizofrenia (45,8%) e transtornos de humor (31,6%). As classes medicamentosas mais utilizadas foram os antipsicóticos (40%), com destaque para levomepromazina e risperidona, seguido dos antidepressivos (14%) como fluoxetina e citalopram. A análise identificou 13 tipos de associações medicamentosas, entre as quais se destacaram aquelas constituídas por 1 antipsicótico típico + 1 antipsicótico atípico com prometazina e/ou biperideno (17,6%), 2 ou mais antipsicóticos típicos com prometazina e/ou biperideno (11,8%) e 1 antipsicótico (típico ou atípico) com prometazina e/ou biperideno associado a 1 antidepressivo (11,8%). As reações adversas mais relatadas foram os sintomas anticolinérgicos (64,7%), ganho de peso (56,9%) e sintomas extrapiramidais (50,9%). Os resultados apontam para o potencial elevado de reações adversas no âmbito do CAPS “Esperança”, possivelmente relacionadas ao regime de tratamento em politerapia

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Biografia do Autor

Mirela Galvão de Barros, Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil

Filipe Silveira Duarte, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Centro de Biociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil

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Publicado

2020-07-21

Como Citar

Barros, M. G. de, & Duarte, F. S. (2020). Potenciais reações adversas relacionadas a antipsicóticos ou antidepressivos e fármacos associados em pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) “Esperança” de Recife. VITTALLE - Revista De Ciências Da Saúde, 32(1), 56–69. https://doi.org/10.14295/vittalle.v32i1.8793

Edição

Seção

Pesquisa