O que silencia em nós os temas controversos?
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.4850Palavras-chave:
temas controversos, educação ambiental, ensino de biologia.Resumo
Serpenteando uma grande rodovia, o carro corta um cenário deslumbrante. Por cima dos morros em que a estrada avança, paro e escuto o mar esculpindo rochas em provocantes estrondos. Uma névoa recobre o branco lugar. Ao largo, montanhas pálidas de um outono inicial. A me capturar: um sonoro mar... Na beira da estrada só pude silenciar (...). Qual a potência de um momento, de uma aula se quisermos pensar, que nos exigiria um silêncio em nós? A partir dessa indagação, o ensaio pergunta pela potência da não-controversa (tomando um tema controverso como aquele que nos convocaria a não silenciar) às aulas de biologia que versam sobre o ambiental – sobre as eventuais relações tecidas entre humanos, ciborgues e não-humanos. Pretendo, neste texto, somente lançar questões introdutórias sobre tal questão. E, para pensá-la, recorro a experiências de práticas de ensino de biologia que orientei, bem como a alguns elementos da pesquisa que estou desenvolvendo sobre como atua em nós um “dispositivo da sustentabilidade” no contemporâneo. Recorro, principalmente, a algumas imagens para, com elas, ir tecendo meus ainda inseguros e instáveis argumentos, que tentam, digo novamente, indagar sobre a potencialidade de um ensino repleto de delicadezas, de silêncios e de névoas, ou seja, com menos afeição às controversas tão em voga nas nossas aulas de biologia sobre temas socioambientais.Downloads
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Publicado
2014-12-16
Como Citar
Guimarães, L. B. (2014). O que silencia em nós os temas controversos?. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 55–64. https://doi.org/10.14295/remea.v0i0.4850