EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM GAROPABA: A VISÃO DOS PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL LOCAL
DOI:
https://doi.org/10.14295/remea.v24i0.3894Palavras-chave:
educação ambiental, educação ambiental crítica, representação social, ensino fundamental.Resumo
Com o intuito de verificar se está sendo construída nas escolas de Garopaba (SC) uma Educação Ambiental (EA) crítica, investigaram-se as representações sociais de alunos e professores das escolas municipais de séries iniciais do ensino fundamental que se destacam na realização de projetos em EA nesse município. Foram aplicados questionários semi-abertos junto aos educadores e alunos e analisados alguns trabalhos em EA realizados nas escolas. Os resultados demonstram que, ainda que os professores tenham apresentado uma visão crítica com relação ao meio ambiente e ao estado de preservação dos ecossistemas costeiros, os educadores não têm conseguido transmitir essa visão crítica aos alunos. Além disso, ainda predomina um viés naturalista na representação dos educadores com relação à EA. Conclui-se que é necessário que a EA ministrada nas escolas incorpore as questões socioeconômicas e ambientais locais para que haja a consolidação de uma comunidade com cidadãos verdadeiramente críticos e participativos.Downloads
Referências
ADRIANO, J. Possibilidades e obstáculos à participação popular em fóruns de desenvolvimento
comunitário: O caso da construção da Agenda 21 Local da Lagoa de Ibiraquera, municípios de
Imbituba e Garopaba, SC. Projeto (Mestrado em Sociologia Política) - Universidade Federal de
Santa Catarina.
ALVES-MAZZOTTI, A. J. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à Educação.
Em aberto, v. 14, No 61, 1994. Disponível em:
www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/.
BERGMANN, M.; PEDROZO, C. S. Percepção ambiental de estudantes e professores do
município de Giruá, RS. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 19, p.139-
, 2007. Disponível em: www.remea.furg.br/edicoes/vol19/art12v19a11.pdf. Acesso em: 30
nov. 2008.
BRASIL, Governo Federal. Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível em:
www.mma.gov.br/port/sdi/ea/documentos/legis/lei9795_pnea.pdf. Acesso em: 17 ago. 2006.
_______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. Contagem Populacional. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em: 11 ago. 2009.
________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio
ambiente: saúde. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A. 2000.
CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez,
a.
CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da educação
ambiental. In: LAYRARGUES, P. P. (coord.) Identidades da educação brasileira. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente, 2004b.
CUNHA, T. S.; ZENI, A. L. B. A representação social de meio ambiente para alunos de Ciências
e Biologia: subsídio para atividades em educação ambiental. Revista Eletrônica do Mestrado em
Educação Ambiental, v. 18, p. 151-162, 2007. Disponível em:
www.remea.furg.br/edicoes/vol18/art04v18a11.pdf. Acesso em: 22 set. 2008.
FILARDI, A. C. L. Diagnóstico da pesca artesanal marinha do município de Garopaba (SC):
Potencialidades e obstáculos para a gestão adaptativa para o ecodesenvolvimento. 2007.
Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Catarina.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à Prática Educativa. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, M. Pedagogia da Práxis: Ed Cortez, 1998.
GREGORINI, T; MISSIRIAN, G. L. B. Percepção ambiental dos alunos do 5º ano do ensino
fundamental do distrito de Piraporã – MS. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação
Ambiental, v. 22, p. 476 – 486, 2009. Disponível em:
http://www.remea.furg.br/edicoes/vol22/art32v22.pdf Acesso em: 28 ago. 2009.
GUIMARÃES, M. Educação ambiental: no consenso um embate? Campinas, SP: Papirus, 2000.
LEAL, P. C. Avaliação do nível de vulnerabilidade ambiental na planície costeira do trecho
Garopaba – Imbituba, litoral Sudeste do Estado de Santa Catarina, em face aos aspectos
geológicos e paleogeográficos. Florianópolis, 2005. Tese (Doutorado em Geografia) – Centro de
Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina.
MAULIN, G. C. Educação ambiental e as cidades de Curitiba: um estudo sobre as
representações das professoras da rede municipal de ensino. Florianópolis, 2003. Dissertação
(Mestrado em Sociologia Política) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
Federal de Santa Catarina.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
NMD.Avaliação local participativa de ecossistemas costeiros. Projeto piloto de criação de uma
Agenda 21 na Lagoa de Ibiraquera, municípios de Imbituba e Garopaba, SC. Florianópolis, 2001.
mimeo.
OLIVEIRA, Márcio S. B. S. de. Representações sociais e sociedades: a contribuição de Serge
Moscovici. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 19, n. 55, junho de 2004 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 17 jul 2009.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 6 ed., 2004.
SACHS, I. Estratégias de transição para o século XXI: desenvolvimento e meio ambiente. São
Paulo: Studio Nobel, 1993.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC: lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000;
decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002. Disponível em:
www.ibama.gov.br/parna_itatiaia/download.php?id_download=158 Acesso em: agosto de 2008.
SATO, M. Educação ambiental. São Carlos: RiMa, 2004.
TORALES, M. A. Educação ambiental: Análise das representações de um grupo de formandos
do curso de magistério. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Fundação
Universidade Federal do Rio Grande. Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental, v.
, jul.-dez. 2006. 19 p. Disponível em: www.remea.furg.br/edicoes/vol17/art4. Acesso em: 10 mai. 2009.
