As grandes estrelas do Alcazar Lyrique do Rio de Janeiro: a edificação de um mito
Resumo
Graças ao sucesso do teatro musicado, os palcos do Rio de Janeiro passaram a receber, a partir da segunda metade do oitocentos, artistas francesas contratadas por um período que variava de um a quatro anos. As étoiles difundiam o repertório francês, estimulando discussões entre os intelectuais, provocando mudanças nos hábitos da sociedade fluminense e estabelecendo trocas com artistas brasileiros. Em cena, entoavam-se hinos nacionais; cantavam-se lundus e chansonettes. Fora dos palcos, compravam-se partituras das quadrilhas compostas para as artistas francesas. A vinda ao Rio de Janeiro proporcionava às vedettes o sucesso que ainda não haviam alcançado na sua terra natal e um pecúlio que lhes permitia enriquecer em pouco tempo. Pauline Lyon, Risette e Aimée são as principais étoiles dessa constelação que encenou o repertório do teatro musicado francês nos palcos do Rio de Janeiro. A investigação de periódicos como Le Nouvelliste, La Sylphide, La Lorgnette, Diário do Rio de Janeiro, Correio Mercantil, Courrier du Brésil e BA-TA-CLAN permite compreender o percurso dessas estrelas, as trocas que estabeleceram com a sociedade fluminense e sua contribuição para o processo de mestiçagem, fruto das transferências culturais.Downloads
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Publicado
2018-06-06
Como Citar
Mantarro Callipo, D. (2018). As grandes estrelas do Alcazar Lyrique do Rio de Janeiro: a edificação de um mito. Historiæ, 8(2), 31–46. Recuperado de https://seer.furg.br/hist/article/view/7908
Edição
Seção
Dossiê