Da vida pelo teatro: a atriz e empresária Amélia Rey Colaço
Palavras-chave:
História. História do Teatro.Resumo
Amélia Rey Colaço (1898-1990) foi uma das figuras de maior relevo no teatro português do século XX. As suas origens na alta burguesia lisboeta – apesar do cosmopolitismo que marcava a sua família – conferiram um caráter de exceção à sua escolha da profissão de atriz, até então fora do leque de escolhas de uma jovem de classe alta. Conseguiu, em pouco tempo, tornar-se um nome de referência no meio teatral, antes ainda do seu casamento com o ator Robles Monteiro (1888-1958). Com ele, criou a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro (1921-1974), uma das companhias de maior longevidade do teatro português, e um caso singular no panorama dos grupos teatrais de então. Responsável pela direção artística da companhia desde o início, Amélia Rey Colaço assumiu também a gestão da mesma após a morte do seu marido, em 1958, conseguindo manter a companhia concessionária do Teatro Nacional D. Maria II até 1974, ano em que deu como encerrada a sua atividade logo após a revolução de 25 de Abril. Em Amélia Rey Colaço convergem vários vetores, aparentemente contraditórios, que a tornaram numa figura particularmente interessante: algo conservadora nos costumes, mas liberal nas escolhas artísticas; de porte aristocrático, mas realizando todos os trabalhos no teatro, incluindo pintar cenários; diplomática com o poder vigente, mas tentando insistentemente levar à cena autores proibidos. Este artigo pretende olhar para esta figura enquanto mulher de exceção no seu meio e no seu tempo, e para a forma como o seu percurso marcou o teatro português.Downloads
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Publicado
2018-06-06
Como Citar
d’Eça Leal, J. (2018). Da vida pelo teatro: a atriz e empresária Amélia Rey Colaço. Historiæ, 8(2), 219–238. Recuperado de https://seer.furg.br/hist/article/view/7188
Edição
Seção
Dossiê