<b>Diversão, perversão ou contemplação? Considerações sobre a música, seus intérpretes e as festividades na Idade Média</b>

Autores

  • Cybele Crosseti de Almeida

Palavras-chave:

Música. Músicos. Festas. Cidades. Idade Média.

Resumo

As imagens que temos a respeito da Idade Média são geralmente marcadas pela polarização entre dois estereótipos: de um lado a idade das trevas, com seus medos, pestes, fomes endêmicas, guerras endêmicas, catástrofes de todo tipo. De outro lado uma época festiva, com suas representações teatrais e musicais, vitrais e roupas em tons alegres, torneios, amor cortês. Mas este foi, na realidade, um período caracterizado pelos dois extremos, e a consciência da fragilidade da vida – especialmente após a peste negra – levava a uma busca não apenas de contemplação e consolo espiritual, mas também dos prazeres e compensações terrenas. Entre esses extremos podemos identificar uma série de gradações e contradições, por exemplo, no que diz respeito ao modo como eram encaradas e praticadas a música e as festividades. Era visível a polarização entre os saberes práticos e teóricos em diversos campos, na música e na medicina, por exemplo. Dependendo dos fins e de que grupos sociais exerciam essas atividades, sua valorização – ou depreciação – sofria variações consideráveis. Este texto visa a problematizar o modo como eram teorizados e praticados respectivamente a música e os seus intérpretes e alguns dos seus empregos no contexto urbano, como as festas, elementos que são uma boa síntese desses aspectos contraditórios e complementares.

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Biografia do Autor

Cybele Crosseti de Almeida

Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em História pela Universität Bielefeld, Alemanha (2008). Atualmente é professora assistente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Mais informações: Currículo Lattes

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Publicado

2011-12-20

Como Citar

Almeida, C. C. de. (2011). <b>Diversão, perversão ou contemplação? Considerações sobre a música, seus intérpretes e as festividades na Idade Média</b>. Historiæ, 1(1), 31–46. Recuperado de https://seer.furg.br/hist/article/view/2336

Edição

Seção

Artigos