A crise política no Brasil e o impeachment de Dilma Rousseff em 2016
DOI:
https://doi.org/10.14295/cn.v1i3.9677Resumo
O artigo analisa as ações sociais e políticas que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff da Presidência da República no ano de 2016. O trabalho foi elaborado a partir de pesquisa bibliográfica, análise de um banco de dados constituído a partir de leituras e fichamentos de textos, autores e reportagens online dos principais jornais do país entre os anos de 2013-2018. Inicialmente, sustentamos que o modelo político-econômico protagonizado pelo governo de FHC, marcado por mudanças nas áreas fiscal, cambial e monetária, e de Lula, sustentado no consumo e no crédito subsidiado, trouxeram avanços pontuais significativos, mas, de certa forma, esgotaram-se. A ausência de uma coalizão política do governo petista, aliada à crise econômica brasileira, foram determinantes para a eclosão de protestos generalizados promovidos por movimentos sociais conservadores por todo o país no ano de 2013 em diante. Esse cenário de instabilidade social, política e econômica, somado à infidelidade do PMDB ao governo de Dilma Rousseff, contribuíram para o seu afastamento da Presidência da República no dia 31 de agosto de 2016. Esse fato abriu espaço para a inclusão de “novos” atores no cenário político nacional, culminando na posse do vice-presidente Michel Temer.
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