Abordagem de serviços ecossistêmicos no debate sobre as injustiças socioambientais da expansão da monocultura de dendê no Nordeste Paraense
DOI:
https://doi.org/10.14295/juris.v34i2.17417Palavras-chave:
Serviços ambientais, Conflito socioambiental, Populações tradicionaisResumo
A abordagem de serviço ecossistêmicos permeia a literatura científica moderna desde 1970. Formalmente, ela alcançou as políticas públicas brasileiras, em 2012, com o Código Florestal, impulsionando a sua apropriação por outros atores sociais. Nesse sentido, esta pesquisa se propôs a analisar as possíveis interações entre a abordagem de serviços ecossistêmicos e a justiça socioambiental, tendo como estudo de caso o cenário conflituoso da expansão da monocultura de dendê no Nordeste Paraense. Para tanto, partiu-se do método dedutivo de abordagem da investigação, empregando-se a pesquisa documental e bibliográfica, além da análise temporal de uso e cobertura da terra com os dados do Projeto Mapbiomas. Em um primeiro momento, constatou-se que a expansão do dendê é envolta em diversos conflitos ocasionados por diferentes variáveis, como a ocupação do território, a insegurança alimentar e a poluição ambiental. A partir deste cenário, a pesquisa estabeleceu uma conexão teórica entre a abordagem de serviço ecossistêmicos e a justiça socioambiental, que colocou em evidência a categoria de serviços culturais em decorrência da característica singular dos atores centrais da justiça socioambiental: os povos e comunidades tradicionais. Mas, outras reivindicações também foram constatadas envolvendo a conservação de serviços de regulação, de habitat e de provisão. As interações entre as componentes teóricas evidenciaram ainda a necessidade de um tratamento transdisciplinar do Direito. Por fim, notou-se que essa aproximação entre as componentes pode ofertar aprimorações teóricas mútuas e ainda favorecer as lutas dos povos e comunidades tradicionais.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Ao encaminhar os originais, o(s) autor(es) cede(m) os direitos de publicação para a JURIS.