<b>Saco do Justino (RS-Brasil): amônio e fosfato na coluna d'água e na água intersticial de uma enseada não contaminada</b>

Autores

  • Maria da Graca Zepka Baumgarten
  • Luis Felipe Hax Niencheski
  • Bianca Alves Dias Martins Parizotto

DOI:

https://doi.org/10.5088/atlântica.v27i2.2181

Palavras-chave:

água intersticial, nutrientes, Saco do Justino, estuário, Lagoa dos Patos, pore water, nutrients, Saco do Justino Inlet, estuary, Patos Lagoon

Resumo

O Saco do Justino é uma enseada rasa do estuário da Lagoa dos Patos. É viveiro de espécies de peixes e crustáceos comercializáveis e apresenta proliferação de vegetais submersos, indicando alta produtividade. Como nessa enseada não existem aportes de origem antrópica, esse estudo investigou a origem dos nutrientes que suportam a biomassa vegetal. Entre março de 1994 a setembro de 1995 foram realizadas amostragens mensais para a determinação das concentrações de amônio, fosfato, Eh e salinidade na coluna d’água e na água intersticial ao longo da coluna sedimentar. A comparação dos resultados com aqueles de uma enseada eutrofizada (Saco da Mangueira) mostrou que o Saco do Justino não é eutrófico, pois apresenta concentrações de amônio e de fosfato em torno de duas vezes menores. Na coluna d’água do Saco do Justino as concentrações de amônio foram em torno de 10 vezes menores que aquelas da água intersticial das camadas superficiais da coluna sedimentar, o que para o fosfato foram, 2 vezes menores. O gradiente de concentrações formado proporcionou que a coluna sedimentar dessa enseada seja a principal fonte desses nutrientes para a coluna d’água, via processos de advecção e difusão molecular a partir da água intersticial. A penetração da água marinha acentuou a contribuição de nutrientes para a coluna d’água, pois perturbou a estabilidade da coluna sedimentar e rompeu a estratificação formada entre condição oxidante das camadas superficiais e condição redutora das camadas mais profundas da coluna sedimentar, onde haviam acúmulos de água intersticial muito contaminada.

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Biografia do Autor

Maria da Graca Zepka Baumgarten

Mestrado em Oceanografia Biológica pela Universidade Federal do Rio Grande (1987). Atualmente é Professora Titular nesta Universidade, ministrando disciplinas na graduação e cursos de especialização e mestrado na área de química ambiental.

Mais informações: Currículo Lattes

Luis Felipe Hax Niencheski

Douturado em Oceanografia pela Université D Aix Marseille II - Station Marine D' Endoume (1982). Atualmente é professor titular da Fundação Universidade Federal do Rio Grande.

Mais informações: Currículo Lattes

Bianca Alves Dias Martins Parizotto

Mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). Atualmente, está cursando, desde março de 2005 e previsão de término para o início de 2009, doutorado na linha de pesquisa em Oceanografia Costeira e Geologia Marinha no Programa de Pós-graduação em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Mais informações: Currículo Lattes

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Publicado

2011-08-25

Como Citar

Baumgarten, M. da G. Z., Niencheski, L. F. H., & Parizotto, B. A. D. M. (2011). <b>Saco do Justino (RS-Brasil): amônio e fosfato na coluna d’água e na água intersticial de uma enseada não contaminada</b>. Atlântica (Rio Grande), 27(2), 113–129. https://doi.org/10.5088/atlântica.v27i2.2181

Edição

Seção

Artigos