<b>Respostas cromáticas de Salicornia Gaudichaudiana Mog. (Chenopodiaceae) a diferentes níveis de radiação UV-B e salinidade</b>
DOI:
https://doi.org/10.5088/atlântica.v28i1.1725Palavras-chave:
Radiação solar, UV-B, Marismas, Salinidade, Clorofila, Solar radiation, Salt marsh, Salinity, ChlorophyllResumo
Apesar de comunidades de plantas costeiras oferecerem proteção contra a erosão costeira e constituírem importantes recursos alimentares e hábitats para várias espécies economicamente importantes, os impactos da radiação ultravioleta (UV) sobre as marismas são pouco compreendidos. Durante o verão-outono 2002, plântulas e plantas adultas de Salicornia gaudichaudiana foram expostas a diferentes níveis de radiação UV-B (280-320 nm) em experimentos de exclusão da UV-B solar realizados na marisma da Ilha da Pólvora e no horto da FURG (ambos no município de Rio Grande, RS) e suas respostas cromáticas quantificadas. No horto também foi avaliado o impacto da adição de sal (20 gNaCl l-1) nas respostas cromáticas à radiação UVB. No experimento da marisma hastes rebrotadas de plantas que foram cortadas no início da estação tiveram a concentração clorofila a significativamente reduzida pelos níveis ambientes da radiação UV-B (0,2 a 6,5 KJ m-2 dia-1; média = 3,1 KJ m-2 dia- 1). No experimento do horto, plântulas de Salicornia gaudichaudiana tiveram a concentração média de clorofila a reduzida 32% pela adição de sal, mas a exposição a radiação UV-B não afetou significativamente os teores de clorofila a. De forma geral, as plantas da marisma demonstraram maiores concentrações de pigmentos absorventes de radiação UV-B do que as plantas cultivadas em jardim a céu aberto. Hastes, rebrotes e plântulas nos quadrados de controle (expostas a UV) demonstraram concentrações de pigmentos absorventes de UV-B 34% a 188% maiores do que suas semelhantes em quadrados recobertos com Mylar (protegidas da UV). Apesar da produção de pigmentos protetores por Salicornia gaudichaudiana ser uma resposta adaptativa a radiação UV-B, a espessura de estruturas epidérmicas parece explicar as diferenças na sensibilidade a UV-B entre hastes maduras e rebrotes. A intensidade do estresse salino e de outros fatores físicos atuantes no ambiente de marisma podem afetar marcadamente a composição de pigmentos da Salicornia gaudichaudiana e consequentemente sua capacidade de suportar um aumento da radiação UV-B.Downloads
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Publicado
2011-03-26
Como Citar
Costa, C. S. B., & Neves, L. S. das. (2011). <b>Respostas cromáticas de Salicornia Gaudichaudiana Mog. (Chenopodiaceae) a diferentes níveis de radiação UV-B e salinidade</b>. Atlântica (Rio Grande), 28(1), 25–32. https://doi.org/10.5088/atlântica.v28i1.1725
Edição
Seção
Artigos